Diversos fatores podem acarretar notas baixas na escola, desde um ambiente doméstico não saudável até algum transtorno físico ou mental. Apesar de ser uma preocupação para a família, o rendimento insatisfatório do aluno não é motivo para entrar em pânico.
Nesse momento, é essencial que a família tenha um diálogo aberto e saiba acolher o jovem. Do contrário, a situação pode se agravar, ocasionando em reprovação escolar.
Caso você esteja passando por isso em casa, neste post, você verá orientações para lidar com as notas baixas na escola.
Notas baixas na escola: como acolher o jovem em casa?
Primeiramente, é preciso entender o motivo das notas baixas, para depois solucionar a situação. Entenda melhor a seguir.
Entenda o motiva das notas baixas
Ao receber o boletim escolar e olhar as notas baixas, a primeira coisa a ser feita é conversar com o aluno e buscar entender os motivos para o desempenho insatisfatório. Esse diálogo precisa ser respeitador, sem utilizar uma postura autoritária.
Além disso, agir por impulso e agressividade poderá fazer com o que o aluno fique desmotivado, rebelde e perca a autoestima para as próximas avaliações escolares. Esse cenário não contribui para a melhora no rendimento escolar do aluno – e pode até prejudicá-lo.
Desse modo, a família precisa ser acolhedora na hora de conversar sobre as notas baixas, buscando entender o real motivo para a situação. É preciso também fazer uma autoavaliação para verificar se houve falta de suporte na vida escolar do aluno, que pode ter contribuído para o baixo desempenho.
No entanto, é essencial que a família não deixe de reconhecer a responsabilidade do aluno quanto ao processo de ensino-aprendizagem. Mesmo sem apontar culpados pela nota baixa, é essencial que a família deixe claro que o estudante precisa recuperar o baixo rendimento e que terá todo o suporte necessário para isso.
Exerça a empatia
Se os adultos, com toda a bagagem emocional e experiências acumuladas ao longo da vida têm dias ruins, não é diferente com os adolescentes. Eles ainda estão amadurecendo e desenvolvendo a inteligência emocional, por isso, é importante que a família tenha empatia.
Nesse sentido, não é saudável exigir perfeição do aluno, cobrando-o excessivamente pelo baixo rendimento escolar e impondo castigos para resolver o problema. Em vez disso, a família precisa entender os sentimentos do estudante, pois ele provavelmente também está insatisfeito com o desempenho e precisa de ajuda.
Depois desse momento inicial de acolhimento, a família pode conversar com o aluno sobre a necessidade de aprender com os erros, ressaltando a importância de não desistir após resultados ruins. Afinal, esse processo também faz parte da vida — e é preciso estar preparado para isso.
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Converse com a escola
Entrar em contato com a instituição de ensino também é importante para entender o motivo das notas baixas. Afinal, a família e a escola são os principais responsáveis pelo aprendizado do aluno e precisam estar em sintonia.
A escola pode ser responsável direta pelas notas baixas, pois fatores como as abordagens pedagógicas, material didático inadequado e até mesmo a disposição das cadeiras na sala de aula podem influenciar o desempenho escolar.
Também é possível que os professores notem alguma dificuldade de aprendizagem que merece atenção maior. Nesse caso, ambos podem avaliar se o problema está na abordagem de ensino utilizada.
Essa avaliação é importante, afinal, cada aluno tem uma maneira individual de aprender. O que funciona para um aluno, pode não ser a melhor abordagem para outro estudante.
Além disso, o diálogo com a escola pode ajudar a identificar se o aluno sofre bullying ou não consegue socializar com os demais colegas, fatores que também podem contribuir para as notas baixas. Nesse caso, será necessário acompanhamento psicológico para ajudá-lo a superar esses traumas.
Pense em estratégias para ajudá-lo
Após identificar as causas das notas baixas, é hora de colocar ações em prática para ajudá-lo a melhorar o rendimento escolar nas próximas avaliações escolares. No entanto, o suporte dependerá das dificuldades apresentadas pelo estudante. Entre elas, é possível:
- criar uma rotina de estudos para o aluno;
- fazer o dever de casa com o estudante;
- trocar o turno de aula do aluno;
- levá-lo para acompanhamento psicológico;
- reforço escolar;
- material didático interativo;
- gamificação para ajudar nos estudos;
- atividades extracurriculares.
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Evite fazer comparações
Frases de comparação como “seu colega estuda na mesma escola e tem notas altas”, “seu primo é um ótimo aluno”, “seu irmão nunca tirou notas baixas” devem ser evitadas pela família. Em vez de motivá-lo, essa ação pode desencadear uma série de traumas psicológicos causados pela pressão de ter um bom desempenho escolar.
A comparação pode fazer o aluno se sentir fracassado e ter uma baixa autoestima, pois a sociedade tende a considerar que notas altas são o único sinal de sucesso na adolescência.
O melhor a ser feito pela família é reforçar que cada pessoa tem o próprio processo educacional e que não há nada de errado em ter desempenho insuficiente em alguns momentos da vida.
Essa atitude é ainda mais importante quando o aluno está no 3º ano do Ensino Médio, período que naturalmente os estudantes estão focados no Enem e outros vestibulares. A sensação de ver a aprovação dos colegas, enquanto a própria não chega, é desanimadora e causa muita angústia e ansiedade.
Por isso, em vez de cobrar a aprovação do jovem no curso superior e fazer comparações com parentes e amigos, a família precisa apoiá-lo e acolhê-lo independentemente do resultado. Esse apoio será fundamental para que o aluno não desista de atingir os objetivos que almeja.
Estar disponível para ajudá-lo
O ambiente doméstico precisa ser acolhedor e saudável, pois o aluno costuma passar mais tempo em casa quando está fora da escola. Para isso, a família precisa demonstrar que está disponível para ajudá-lo nos estudos.
No entanto, essa atividade não pode acontecer apenas quando o estudante tirar notas baixas. Essa parceria é benéfica para ambos os lados, independente do desempenho escolar. Além disso, a família precisa reconhecer e valorizar os esforços da criança e do adolescente nos estudos.Essas orientações fazem parte dos pilares da educação socioemocional, voltada para propor uma relação saudável e acolhedora dentro e fora do ambiente escolar. Quer entender melhor o tema? Acesse o blog do My Life.
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