Casos de exclusão, agressão física e psicológica no ambiente escolar relacionados ao preconceito se tornam cada vez mais comuns nas escolas. Nesse sentido, é essencial que a gestão escolar coloque ações em prática para evitar a perpetuação desse tipo de violência.

O desenvolvimento de habilidades socioemocionais proporciona um ambiente escolar acolhedor e de respeito com o outro, diminuindo as chances de casos de preconceito dentro e fora da escola. Felizmente, tais habilidades podem ser desenvolvidas ao longo da vida por meio de competências. 

As habilidades socioemocionais trabalham as dimensões emocionais e psicológicas do indivíduo. Ao serem trabalhadas na escola, proporcionam um ensino-aprendizagem integral ao aluno. Neste post, você vai entender um pouco como elas ajudam a combater o preconceito. 

Habilidades socioemocionais e combate ao preconceito: qual a relação?

A seguir, saiba como as habilidades socioemocionais atuam no combate ao preconceito. 

Favorece a prática da empatia

A mais comum definição para empatia é se colocar no lugar do outro. Para isso, não é necessário sentir o mesmo sentimento do outro, mas sim compreender o que ele está sentindo, sem julgamentos ou preconceitos. 

Uma pessoa empática consegue ouvir, acolher os sentimentos e emoções do outro em vez de julgar ou questionar. Além disso, a prática da empatia passa também pela escuta atenta, ou seja, é necessário ouvir o outro atentamente e oferecer ajuda, caso possível. 

A empatia é uma importante aliada no combate ao preconceito. Afinal, um aluno empático consegue ter um olhar acolhedor a um colega vulnerável ao bullying e preconceito na escola.

Além disso, a empatia, com as demais habilidades socioemocionais, tornam a escola mais acolhedora. Os alunos se sentem mais à vontade para demonstrar dificuldades e frustrações, bem como agir de maneira diferente diante de situações conflitantes.

Estimula o respeito ao próximo

O preconceito pode acontecer quando uma pessoa não respeita as diferenças, escolhas e especificidades do outro. Seja da orientação sexual ou raça, pessoas com ideias preconceituosas podem ter dificuldade em respeitar o outro. 

Nessas situações, as habilidades emocionais podem ajudar o aluno a desenvolver o respeito ao próximo. 

A pluralidade cultural é uma maneira de desenvolver o respeito ao outro na sala de aula. É preciso apresentar múltiplas etnias, culturas e classes sociais para que o estudante entenda que o mundo é feito por pessoas plurais. Ademais, a desconstrução do senso comum também é um benefício no combate ao preconceito. 

Leia também: Habilidades e competências socioemocionais podem ser desenvolvidas pela equipe escolar

O aluno compreende as próprias emoções

A infância e adolescência são fases marcadas por intensas oscilações de sentimentos, já que é quando o indivíduo começa a amadurecer para a vida adulta. 

Porém, se para um adulto é difícil lidar com as próprias emoções, isso não difere para os mais jovens. Nesse sentido, as ações de preconceito podem surgir como uma maneira negativa de apresentar esses sentimentos.

Desse modo, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais ajudam o aluno a conhecer e gerenciar, de maneira saudável, as emoções. Consequentemente, a inteligência emocional promove melhores relacionamentos interpessoais dentro e fora da escola. 

Ao conviver de maneira saudável com outras pessoas, o aluno desenvolve habilidades socioemocionais que permitem uma melhor consciência social, habilidade requerida na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

Ou seja, o estudante tem maior propensão a atuar coletivamente para mudar a realidade em que ele insere — se posicionando contra todas as formas de preconceito, por exemplo. 

Desenvolve a resolução de conflito pacífica

No meio de um conflito, um aluno pode utilizar o preconceito como uma estratégia defensiva. O que é isso? 

Imagine que um estudante é repreendido pelo professor por alguma atitude indesejável. Por estar com raiva, o jovem pode ofender o docente para se defender. 

E esse é mais um espaço em que as habilidades emocionais favorecem a resolução pacífica de conflitos. 

Quando um aluno desenvolve e coloca as habilidades socioemocionais em prática, consegue gerenciar melhor as emoções. Com isso, ele não se deixa levar pelos impulsos de raiva, pois prefere se abrir para uma conversa pacífica. Todos ganham quando a escola instaura uma cultura de paz e do diálogo, até mesmo o núcleo familiar do estudante.

Ajuda na recuperação de alunos agressores 

O punitivismo tem efeito momentâneo, pois não acaba de vez com o preconceito cometido de um aluno para outro indivíduo. Além disso, os jovens costumam aprender com os adultos, perpetuando ações negativas se ele está inserido em um ambiente familiar tóxico e preconceituoso.

Em outros momentos, um aluno pode praticar bullying e outros tipos de violência para se encaixar em um grupo e não sofrer preconceito dos demais colegas. Por isso, o aluno que perpetua qualquer tipo de violência na escola também precisa de acolhimento, pois esse estudante também apresenta vulnerabilidade emocional. 

A escola pode utilizar técnicas de sensibilização como, por exemplo, ações para desenvolvimento das habilidades socioemocionais para ajudar esses estudantes. Gradualmente, os que antes perpetuavam o preconceito na escola, passarão a entender as emoções que o levam a tal prática e a se colocar no lugar do outro.

Você conhece as macrocompetências socioemocionais?

As habilidades socioemocionais podem ser desenvolvidas com a ajuda de 5 macrocompetências, elaboradas pelo Instituto Ayrton Senna. Veja a seguir! 

Autogestão

A autogestão refere-se ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais voltadas para a responsabilidade, foco e organização. É uma forma de fazer o aluno se tornar autônomo e protagonista dentro e fora da escola. 

Engajamento com os outros

Essa macrocompetência visa o desenvolvimento de habilidades emocionais relacionadas a socialização e convivência em sociedade — benéfico para o combate ao preconceito na escola.

Amabilidade

A amabilidade engloba, principalmente, o desenvolvimento da empatia. Sentido, o aluno aprende a enxergar uma situação pela perspectiva do outro. Ademais, envolve o respeito ao próximo, fundamental para criar relações livres de preconceito. 

Resiliência emocional

A resiliência ajuda o indivíduo a lidar com as próprias emoções. Com ela, a raiva, o medo e a ansiedade são gerenciados de maneira saudável, em vez da explosão de fúria. Entre as principais habilidades socioemocionais desse grupo está a tolerância ao estresse. 

Abertura o novo

Proporciona ao aluno uma maior suscetibilidade a novas experiências. Assim, é possível desenvolver também a curiosidade e a flexibilidade perante várias situações do cotidiano. Essa habilidade é essencial para o aluno conhecer as diferenças e não perpetuar o preconceito. 

Conheça o programa de educação socioemocional My Life 

O programa de educação socioemocional foi desenvolvido pela Conexia Educação, e conta com a parceria pedagógica do Instituto Ayrton Senna, uma das maiores referências do país no tema. 

O My Life desenvolve projetos para as escolas que desejam desenvolver habilidades socioemocionais na sala de aula, com conteúdos alinhados à BNCC, educação bilíngue e com bases científicas. Além disso, oferece uma plataforma 100% digital, tornando o ensino engajado e motivador. 

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