Tema cada vez mais frequente na sociedade, a ansiedade também pode acometer as crianças. Independente do motivo, a situação requer a atenção dos educadores para que o quadro não se agrave e possa ser contornado.

Quando não percebida, a ansiedade pode levar os alunos a gerarem riscos para o seu processo de aprendizagem e suas vidas, como a dificuldade de aprendizagem, desistência dos estudos, isolamento social e depressão.

Continue a leitura para entender quais são os sintomas de ansiedade e como tratá-la em ambiente escolar!

Conhecendo o problema: o que é a ansiedade?

Caracterizada por uma preocupação intensa e excessiva por situações cotidianas, a ansiedade faz com que nosso pensamento se volte constantemente para o futuro, demonstrando certo receio pela sua chegada.

Em ambiente escolar, a ansiedade pode ser percebida principalmente nos seguintes casos:

  • Em alunos que ainda não estão acostumados com a rotina de frequentar a instituição de ensino;
  • Estudantes que mudaram de escola recentemente;
  • Crianças que apresentam uma autocobrança forte por boas notas.

A preocupação causada por essas situações faz com que o aluno sinta muitas vezes algo que nem ele mesmo consegue descrever. Por isso, é importante ficar de olho em seu comportamento.

Com a atual volta às aulas, paralisada por conta da pandemia da Covid-19, os casos de ansiedade tendem a aumentar, impulsionados principalmente pelo medo de frequentar um ambiente novo e pela separação dos pais, que estiveram presentes no dia a dia dos últimos anos.

Diagnosticando: quais são os sintomas de ansiedade?

Com uma melhor compreensão do que é a ansiedade, é hora de entender os sintomas que podem ajudar a identificá-la. Cada pessoa tende a lidar com a situação de formas diferentes, porém, em crianças, os principais sinais de que algo não está bem são:

  • Interrupção momentânea da socialização com outros alunos;
  • Dificuldade em trabalhar em equipe;
  • Inquietação motora e desatenção durante a aula;
  • Falta de motivação;
  • Descrição de medo constante;
  • Fácil irritabilidade;
  • Dificuldade para responder perguntas consideradas simples;
  • Aumento no número de faltas, atrasos e nos pedidos para voltar para casa.

Além desses sintomas, condições físicas também fazem parte da ansiedade e podem ser detectadas eventualmente. São elas:

  • Respiração ofegante e falta de ar;
  • Fala acelerada;
  • Tensão muscular;
  • Insônia.

Acredito que um aluno apresenta sintomas de ansiedade. Como lidar com a situação?

Você identificou que um aluno está possivelmente sofrendo de ansiedade? Também é papel fundamental da escola acolhê-lo nesse momento. Alguns dos passos que podem ser tomados pela instituição de ensino nessa situação são:

Iniciar a comunicação com os pais

Os pais são essenciais nesse momento, já que a partir da conversa com eles que os motivos da ansiedade poderão ser descobertos com maior facilidade.

Em muitos casos a criança tem receio de comunicar para os colaboradores da escola o que é compartilhado com os pais, como a sensação de medo constante por conta de uma sensação de abandono por ter sido “deixada” em um ambiente que não é familiar.

Comunicar os colaboradores da escola

Os colaboradores da instituição, como professores e monitores que lidam diretamente com o aluno, devem ser avisados da situação.

Além de possuírem treinamento para atenderem a criança de maneira empática, priorizando o acolhimento, os profissionais também podem auxiliar na percepção dos níveis de ansiedade apresentados diariamente.

Serão os professores que passarão para administração da instituição e aos demais encarregados qual a situação do aluno. Dessa forma, será mais fácil perceber se ele está progredindo diariamente ou se a abordagem aplicada não tem surtido efeito.

Contar com um psicólogo apto

A ansiedade nunca deve ser banalizada. Uma vez detectada, ela precisa ser tratada por um profissional especializado, com experiência de atendimento em situações escolares.

A situação ideal é que a escola conte com um profissional especificamente para esse fim. Caso isso não seja possível, a instituição pode criar parcerias com profissionais ou clínicas que são acionadas quando necessário.

Como prevenir a ansiedade em ambiente escolar?

Além de auxiliar o aluno que já apresenta os sintomas de ansiedade, a escola também pode trabalhar com a prevenção, evitando que novos casos surjam. Reunimos abaixo quatro dicas de como realizar esse trabalho.

Focar no acolhimento

Assim como o acolhimento é fundamental na abordagem de alunos que já estejam com sintomas de ansiedade, ele também é um ótimo aliado na prevenção.

Por mais que pareçam banais, todos os problemas e sentimentos que trazem preocupação ao aluno devem ser acolhidos e tratados com empatia pelos professores.

Tratar algo que aparenta não ter importância como mera banalidade, tende a deixar o aluno ansioso e maximizar o problema. 

Não estimular a competição

A competição em sala de aula é um grande inimigo da saúde mental, principalmente das crianças. Escola e professores devem ter em mente que cada criança tem o seu ritmo de aprendizado e lidará com as provas e trabalhos do seu próprio jeito.

A pressão contrária também pode desencadear em ansiedade, tendo em vista que uma criança apontada como “a melhor da turma” pode vir a ter dificuldade em lidar com notas e resultados ruins no futuro.

Incentivar o comportamento empático nos alunos

Ensinar os estudantes a se colocar na posição dos colegas é uma excelente maneira de promover o companheirismo e a ajuda mútua na sala de aula.

Dessa forma, antes mesmo dos colaboradores da escola perceberem o problema, os próprios alunos já poderão estar prestando um primeiro auxílio para seus amigos com sintomas de ansiedade.

Investir nas competências socioemocionais

As competências socioemocionais são uma ótima maneira de ajudar os alunos a lidarem com sentimentos como a ansiedade. Ela são divididas em 5 grandes grupos que, quando aplicados dentro de uma escola e ensinados aos alunos, tendem a diminuir os sintomas de ansiedade por meio do autoconhecimento:

  • Engajamento com os outros;
  • Amabilidade;
  • Abertura ao novo;
  • Autogestão;
  • Resiliência emocional.

Ensinar e desenvolver essas competências é a missão do My Life, programa da marca Conexia Educação com parceria pedagógica do Instituto Ayrton Senna. Acesse o nosso site para saber sobre nosso trabalho e como ele pode impactar a sua escola!