Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ficou ainda mais evidente a necessidade do desenvolvimento de competências socioemocionais na escola. Afinal, o ambiente escolar também é responsável pela formação integral de um indivíduo. 

Contudo, diferentemente das habilidades cognitivas, não é possível realizar avaliações das competências socioemocionais — pelo menos não nos moldes tradicionais das abordagens pedagógicas. 

Avaliar como está o desenvolvimento das competências socioemocionais dos alunos permite a escola ajustar o plano pedagógico, segundo as necessidades apresentadas pelos estudantes. Continue a leitura para entender melhor. 

Competências socioemocionais na escola: como avaliar os alunos?

Confira a seguir 5 maneiras diferentes para avaliar o desenvolvimento das competências socioemocionais na escola. Após a coleta de dados, avalie a necessidade de fazer ajustes no plano de aula. 

1. Observe atentamente os alunos

As crianças e adolescentes costumam passar boa parte do tempo no ambiente escolar, interagindo com os colegas, professores e demais colaboradores. Nesse sentido, os docentes podem observar como esses alunos passaram a se comportar após a abordagem da educação socioemocional na sala de aula. 

É necessário observar a frequência que determinados comportamentos acontecem, sejam positivos ou negativos. Além disso, também é válido verificar como o aluno se comporta em determinadas situações.

Por exemplo, um aluno com autoconfiança e autonomia tende a se expressar melhor nas apresentações de seminários, em comparação com um aluno inseguro. Também existem aqueles que são mais organizados com as atividades escolares que os demais.

Com o retorno 100% das aulas presenciais após a pandemia, uma das competências socioemocionais na escola a ser observada é a tolerância ao estresse. Afinal, os jovens também sofreram os efeitos psicológicos do isolamento social. 

Isso significa atenção redobrada a casos de indisciplina, violência e bullying. 

2. Verifique se há situações de bullying

Vamos seguir falando sobre esse termômetro importante das competências socioemocionais na escola? Vale ressaltar que o bullying é um fenômeno com múltiplas causas, o que envolve ações em diferentes frentes

Em alguns casos, o bullying não acontece na frente de outras pessoas, o que pode dificultar a observação por parte da escola. Além disso, há também o cyberbullying, em que a violência é praticada no ambiente digital

Nesse sentido, a gestão pedagógica precisa tornar a escola em um local seguro, aberto ao diálogo e que acolha os alunos vítimas de tal prática. Contudo, é possível identificar uma provável vítima de bullying caso um aluno apresente sinais como:

  • queda no rendimento escolar;
  • tristeza e irritabilidade constantes;
  • baixa autoestima;
  • isolamento social;
  • recusa em participar das atividades da escola;
  • sinais de ansiedade;
  • falta de vontade de ir para a escola;
  • choro constante.

Leia também: Como a educação socioemocional pode diminuir o bullying nas escolas?

3. Conte com apoio da família do aluno

Ao abordar as competências socioemocionais na escola, a ideia da gestão pedagógica é que as competências sejam levadas para além do ambiente escolar. Afinal, essas habilidades fazem parte do convívio em sociedade. Nesse sentido, a instituição de ensino pode utilizar como parâmetro o comportamento do aluno fora da sala de aula.

Para isso, a família é a grande aliada da escola. A gestão pedagógica pode fazer reuniões periódicas e solicitar um relato do estudante feito pelas pessoas que convivem com ele diariamente. 

Caso haja mudanças de humor, agressividade e falta de empatia, elas serão mais facilmente observadas e relatadas.

4. Utilize o autorrelato 

Outra maneira de avaliar o desenvolvimento das competências socioemocionais na escola é por meio do autorrelato. A partir de questionamentos, o aluno pode fazer afirmações, tais como “sou uma pessoa organizada” ou “fico estressado quando alguém me diz não”. 

Para fazer um questionário que reflita a realidade das habilidades socioemocionais dos alunos, a escola pode contar com o auxílio de psicólogos, psicopedagogos e outros profissionais especializados em comportamento no ambiente escolar

De todo modo, é possível utilizar as diretrizes do Casel, organização sem fins lucrativos voltada para a disseminação da educação socioemocional no mundo. 

5. Aplique as metodologias ativas de aprendizagem

As metodologias ativas de aprendizagem auxiliam no desenvolvimento de diversas competências socioemocionais na escola, entre elas a empatia, responsabilidade e confiança. 

A maioria dessas abordagens acontece de maneira coletiva, o que pode auxiliar na avaliação de habilidades exigidas coletivamente. 

Desse modo, por exemplo, ao separar as atividades para cada aluno, o professor pode avaliar quais estudantes são mais abertos a ouvir a opinião dos outros. Também é possível verificar quais pessoas do grupo preferem se candidatar para assumir determinado papel, o que pode atestar autogestão e responsabilidade.

O recomendado é que os professores desenvolvam várias atividades em grupo com os alunos, visando avaliar o maior número possível das competências socioemocionais na escola. 

Aplicar as metodologias ativas pode ajudar os docentes nessa tarefa, já que essas abordagens por si só contribuem para o desenvolvimento de tais habilidades. 

Leia também: Como as metodologias ativas contribuem para a educação socioemocional na sala de aula?

Conheça o programa de educação socioemocional My Life

A avaliação das competências socioemocionais na escola é essencial para a gestão escolar entender como tais habilidades foram absorvidas. Contudo, a escola pode ter dificuldade para coletar e mensurar os resultados

Para resolver esse problema, a escola pode contar com um programa de educação socioemocional, como o My Life. Com isso, a instituição de ensino recebe um projeto pedagógico e curricular que abrange o ensino-aprendizagem das habilidades socioemocionais. 

O My Life é um programa da Conexia Educação, elaborado em parceria pedagógica com o Instituto Ayrton Senna. Ele é destinado a alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, e todo o projeto é alinhado 100% à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com embasamento científico.

Por meio de uma plataforma 100% digital, o My Life trabalha os seguintes aspectos:

  • Projeto de vida;
  • valores;
  • colaboração;
  • capacidade de resolver problemas;
  • criatividade.

Ademais, o My Life oferece treinamento constante aos professores para que eles possam entender como trabalhar e avaliar as competências socioemocionais na escola.

Quer entender melhor como o programa de educação socioemocional My Life funciona? Entre em contato com um dos nossos consultores educacionais hoje mesmo