“Qual é a profissão dos sonhos”? De acordo com pesquisas, grande parte dos jovens desejam atuar como influenciadores digitais. Ou seja, produzir conteúdo na internet para inspirar e impactar a vida de milhões de pessoas ultrapassou clássicas profissões dos sonhos, como ser astronauta.

Mas e para a escola: será que é possível trabalhar esse tema com os alunos? A resposta está nesse post, então continue a leitura para descobrir! 

O que é influenciador digital? 

Também conhecido pelo termo influencer, os influenciadores digitais são pessoas que produzem conteúdos nas plataformas online sobre os mais variados temas. Com isso, eles constroem uma relação de confiança com o público que, em contrapartida, engaja e acompanha fielmente a trajetória dos influencers

Devido à visibilidade nas redes, eles são vistos como referência nos nichos que atuam e exercem influência na vida das milhares ou milhões de pessoas que os seguem.

Como as marcas utilizam os influenciadores para impulsionar e divulgar produtos e serviços por meio de patrocínios e parcerias, ser influenciador digital passou a ser visto como uma profissão.

Os influenciadores digitais podem ter qualquer formação ou idade – inclusive, nos últimos anos cresceu a quantidade de influenciadores mirins, ou seja, crianças que produzem conteúdo para internet.

Considerando que 70% das crianças e adolescentes brasileiros com idades entre 9 e 16 anos estão nas redes sociais, é fundamental que a escola aborde os benefícios e malefícios do uso da internet. E isso pode ser feito por meio dos influenciadores digitais. 

Influenciadores digitais: como utilizá-los nas aulas?

A seguir, veja como utilizar a figura dos influenciadores digitais para tornar o ensino-aprendizagem lúdico e engajar os alunos.

Falar sobre a cultura do cancelamento

À medida que os influenciadores digitais passaram a fazer parte do dia a dia das redes sociais, veio também a chamada cultura do cancelamento. Trata-se da baixa tolerância em aceitar determinados comportamentos e ações não aceitas socialmente, vindas de pessoas ativas nas redes sociais.

Com isso, há uma espécie de “movimento” para “cancelar” o indivíduo por meio de comentários negativos nas páginas e deixar de seguir o influenciador online.

Porém, a cultura do cancelamento pode receber contornos extremos, pois alguns internautas tendem a cobrar perfeição vinda dos influenciadores digitais. Em alguns casos, há até o emprego de violência verbal e ameaças

A cultura do cancelamento pode estimular a baixa autoestima nos jovens e a busca exagerada pela perfeição devido ao medo de ser cancelado. Isso porque até mesmo pessoas anônimas podem sofrer linchamento virtual. 

Nesse sentido, a escola pode trabalhar com os alunos a importância de desenvolver a empatia e o respeito ao próximo, tomando como exemplo os influenciadores digitais cancelados na internet. 

Além disso, também é possível abordar na sala de aula que o ser humano é suscetível ao erro. Porém, em vez de agredir verbalmente o outro, o melhor a se fazer é refletir sobre como ajudá-lo a melhorar como indivíduo.

Dessa forma, usando como exemplo os influenciadores digitais, é possível ensinar aos alunos a importância de manter um diálogo aberto e saudável com pessoas que pensam e têm opiniões diferentes. 

Leia também: Precisamos falar sobre a cultura do cancelamento e a falta de empatia

Utilizar conteúdos de influenciadores digitais nas aulas 

A internet muda a educação tradicional. Nesse sentido, os influenciadores digitais que produzem conteúdos para esse nicho exercem papel fundamental na rotina acadêmica dos seguidores.

Por exemplo, há influenciadores que falam sobre a rotina de estudos para o vestibular e outros conteúdos relacionados ao mundo acadêmico. Esses perfis são conhecidos como studygram. Outros mostram o dia a dia em determinados cursos, como medicina.

Há também os professores que utilizam plataformas digitais para ensinar conteúdos acadêmicos de maneira lúdica e criativa. Com isso, esses educadores conseguem criar uma comunidade de alunos fiéis na internet. 

Usar essas referências na sala de aula pode ajudar os alunos do Ensino Médio que não sabem organizar os estudos para as provas ou têm dúvidas sobre carreira profissional. 

Por isso, o professor pode indicar e utilizar vídeos e conteúdos de influenciadores digitais que podem contribuir para o ensino-aprendizagem dos alunos. A seguir, confira alguns influencers da área da educação: 

  • Ferretto Matemática – professor de matemática; 
  • Paulo Jubilut – professor de biologia; 
  • Débora Aladim – professora de história;
  • @motivatudy – studygram;
  • @heloostudies – studygram;
  • @meedstudies – studygram.

Promover debates e reflexões sobre temas atuais 

A maioria dos influenciadores digitais dialogam e produzem conteúdo para os jovens, ou seja, para os millennials e geração Z. Além de incentivar a compra de um produto de determinada marca, os influencers podem exercer papel importante nas opiniões desse público.

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgar o baixo número de eleitores entre 16 e 24 aptos a votar, houve uma grande mobilização de artistas, famosos e influenciadores na internet para incentivar os jovens a tirarem o título de eleitor. 

Após a campanha, o TSE divulgou um aumento de 47,2% em novos eleitores em relação a 2018. 

Nesse sentido, o professor pode levar alguns debates importantes promovidos por influenciadores digitais e propor reflexões sobre o tema na sala de aula. Essa é uma maneira de propor uma atividade lúdica e fora do tradicional com os alunos, utilizando uma linguagem que os jovens entendem. 

Leia também: 4 consequências do bullying na vida dos jovens

Abordar a importância da responsabilidade com o outro

Devido à relação de confiança construída com o público, o influenciador exerce forte poder de influência. Por isso, esse profissional precisa ter cuidado ao produzir conteúdo nas redes sociais, já que ele pode causar impactos negativos nos seguidores.

Porém, o anonimato das redes sociais proporciona a falsa sensação de que tudo pode ser postado, até mesmo ofensas e agressões verbais. Mas é necessário ter cautela quanto ao uso de redes sociais, afinal, influenciadores e anônimos “falam para uma plateia”. 

Nesse sentido, o professor pode promover uma reflexão sobre a responsabilidade que temos na vida dos outros, dentro e fora da internet. Essa é uma ótima maneira de abordar a inteligência emocional com os alunos, por exemplo. 

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