As crianças e adolescentes do mundo atual pertencem às gerações Z ou Alpha. Esses indivíduos nasceram imersos na tecnologia, são dinâmicos e ágeis, por isso, prometem revolucionar o mundo. 

Entretanto, isso não significa que eles são iguais. Entender as principais características das duas gerações é essencial para que a escola elabore estratégias para lidar com as dificuldades e potencialidades desses indivíduos. Vamos lá? 

O que é geração Z?

A geração Z compreende os indivíduos nascidos de 1995 até 2010. Essas pessoas nasceram com o avanço da tecnologia, ou seja, dominam as ferramentas digitais facilmente.

Por ser uma geração superconectada, esses indivíduos utilizam a internet em todas as áreas da vida, seja para se relacionar com outras pessoas ou para demonstrar apoio a causas sociais. Isso também se aplica ao campo do entretenimento e da educação. 

Ademais, os “Zs” priorizam os estudos mais do que os millennials (geração anterior aos Zs). Porém, ambas gerações são conhecidas como “geração deprimida”

Segundo a BBC News Brasil, “o fato é que o uso de antidepressivos é cada vez maior, cada vez se busca mais assistência psicológica e há cada vez mais expressões conscientes de ansiedade e tristeza nestas gerações”. 

Quais as características da geração Z?

Responsabilidade social

A geração Z tem um forte senso de responsabilidade social. Ou seja, eles são indivíduos engajados com questões políticas, ambientais e sociais. Essa preocupação com o bem-estar coletivo foi impulsionada pela internet e também pela conquista de direitos importantes nos últimos anos.

Ademais, devido às crises econômicas, guerras e desastres climáticos recentes, os indivíduos da geração Z tornaram-se pessoas idealistas, que lutam pelo que acreditam e sonham por um mundo melhor para todos. 

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Liberdade e autonomia 

Os “Zs” são mais livres e desprendidos no mercado de trabalho quando comparados aos millenials. Por isso, eles preferem atuar em home office ou em espaços colaborativos. 

Essa característica também se aplica às relações pessoais, transformando os Zs em indivíduos que não gostam de rótulos e estereótipos. 

A flexibilidade também se enquadra na escolha do emprego. A geração Z não tem problema em trocar de cargo com frequência, sobretudo se a empresa não contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores. 

Por outro lado, o imediatismo e o excesso de liberdade aliados à tendência ao isolamento dessa geração contribuem para que os “Zs” sejam ansiosos e solitários. Além disso, são inseguros e receosos quanto ao futuro profissional. 

Multitarefas

A geração Z é conhecida por querer abraçar o mundo, por isso, esses indivíduos gostam de fazer várias coisas em simultâneo. São pessoas que preferem não ficar estagnadas e buscam estar sempre em movimento.  

O que é a geração Alpha?

Se a geração Z nasceu com facilidade para utilizar a tecnologia, os Alphas vieram ao mundo com celular ou tablet nas mãos. Se enquadram na Alpha os nascidos entre 2010 até 2025, ou seja, é uma geração em formação.

Segundo uma pesquisa da Pediatric Academic Societies, divulgada pela revista Time em 2015, a maioria das crianças já usava dispositivos móveis com 2 anos de idade. 

Por estarem ainda mais imersos à tecnologia que a geração anterior, os Alphas não separam a vida digital da realidade. Dessa forma, eles experimentam o mundo de uma maneira diferente, principalmente nas relações pessoais e no ensino-aprendizado.

Os indivíduos da geração Alpha nasceram de famílias menores, ou seja, formada por apenas 1 filho, com pais que passam horas trabalhando fora de casa. Por isso, a internet torna-se uma válvula de escape para os jovens que se sentem sozinhos. 

Quais as características da geração Alpha? 

Facilidade de aprendizado

Os indivíduos da geração Alpha são mais autônomos e independentes, os tornando ágeis e criativos quando o assunto é aprender algo novo. A tecnologia tem forte influência nessa característica, principalmente devido aos estímulos sensoriais. 

Os Alphas também lidam melhor com a resolução de problemas que a geração anterior. Por isso, são fascinados por programação e jogos eletrônicos, como Fortnite, FreeFire e Minecraft. 

Por outro lado, o excesso de estímulos causado pela tecnologia e a ansiedade pela agilidade são fatores que influenciam na dificuldade de concentração dos indivíduos da geração Alpha. Nesse ponto, o ensino-aprendizagem pode ser prejudicado. 

Abertura à diversidade e inclusão 

Tanto os indivíduos da geração Z quanto os Alphas são mais abertos ao “diferente” quando comparados às outras gerações. Isso porque as crianças e adolescentes de hoje são propensos a crescer em famílias fora dos modelos tradicionais. Ou seja, são criados por casais homoafetivos, e/ou inter-raciais e/ou com costumes culturais diferentes.

Com isso, os indivíduos dessa geração são mais abertos ao novo, e também conseguem ter uma maior empatia pelo próximo. Além disso, a internet apresenta ainda mais a importância da diversidade e inclusão para os Alphas.  

Flexibilidade

Os indivíduos da geração Alpha ainda não estão no mercado de trabalho. Porém, espera-se que esses futuros profissionais sejam ainda mais flexíveis que a geração anterior. Com isso, os Alphas devem ter maior abertura para trabalhar com pessoas diferentes e novas tecnologias.

Além disso, os Alphas devem ter um currículo educacional mais extenso que a geração Z. Isso possibilitará ao mercado de trabalho uma oferta maior de profissionais super qualificados, capazes de criar soluções inovadoras. 

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Geração Z e geração Alpha: qual a relação com o ambiente educacional? 

A maioria das salas de aulas são compostas por alunos das gerações Z e Alpha. Ou seja, são hiperconectados e com vontade de mudar o mundo, mas que tendem a ser solitários e ansiosos devido ao excesso de estímulos.

Então, como educar e preparar esses alunos para o futuro, em meio a tantas transformações? A escola precisa pensar em maneiras saudáveis de lidar com essas duas gerações no processo de aprendizagem, sobretudo do ponto de vista emocional. É aí que entra a educação socioemocional

A educação emocional visa desenvolver habilidades e competências sociais e emocionais. Com isso, a escola garante uma formação integral ao aluno. Entre as vantagens, esse recurso pedagógico favorece o desenvolvimento da:

  • empatia;
  • resiliência;
  • autoconhecimento e autocontrole;
  • tomada de decisão e resolução de problemas;
  • mediação de conflitos (internos e externos);
  • trabalho em equipe; 
  • criatividade e inovação;
  • autonomia e protagonismo.

Quer entender melhor como trabalhar as emoções na sala de aula pode contribuir para o ensino-aprendizagem dos alunos das gerações Z e Alpha? Entre em contato com o My Life, programa de educação socioemocional da Conexia Educação

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