A falta de empatia pode levar a sérios prejuízos sociais e emocionais durante toda a vida de uma pessoa. A escola é o ambiente no qual ocorrem as primeiras interações sociais e, por isso, também deve ser um lugar no qual um aluno pode desenvolver a empatia. Ou seja, ouvir e entender o próximo.
Veja neste post como a escola pode estimular a empatia entre os alunos e ajudá-los a se tornarem pessoas mais completas.
Falta de empatia no ambiente escolar
O ato de se colocar no lugar do outro, conhecido como empatia, é uma valiosa forma de criar conexões emocionais com o próximo. Ao entender como uma pessoa se sente frente a uma situação, é gerado um senso maior de acolhimento e entendimento.
Exercer a empatia pode não ser fácil para algumas pessoas, já que é necessário abandonar crenças, opiniões e julgamentos para entender melhor o que o outro está sentindo. Em contrapartida, ser empático proporciona uma vida com relações mais profundas e significativas.
Mas e quando a falta de empatia é notada no ambiente escolar? É possível que esse aluno seja taxado como uma pessoa fria e enfrente rejeição por parte dos colegas. Consequentemente, ele será um adulto com baixa autoestima, incapaz de lidar com situações emocionais e, até mesmo, agressivo.
A falta de empatia pode acontecer por uma série de fatores, como:
- traumas que moldaram a criança para que ela seja mais distante emocionalmente dos outros;
- algum sintoma de transtorno de personalidade;
- traço de egocentrismo adquirido;
- consequência de uma péssima convivência familiar;
- entre outras situações.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas que apresentam falta de empatia possuem transtorno de personalidade antissocial (conhecido como psicopatia), pois isso pode ser apenas algo que ainda não foi bem exercitado por ela. Por isso, não devem ser feitos pré-julgamentos dos estudantes.
Tratando-se do ambiente escolar, é fundamental que a escola realize ações para que os alunos possam deixar de lado a falta de empatia. Como a fase escolar é o período de maior desenvolvimento de um indivíduo, quanto mais cedo ele praticar atos de bondade, melhor será seu desenvolvimento para a fase adulta.
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Falta de empatia na sala de aula? Saiba como agir diante dessa situação
Felizmente, a empatia é uma competência socioemocional que pode ser desenvolvida com práticas que façam parte da rotina da escola. Abaixo listamos algumas ferramentas que podem ajudar a nutrir a empatia dos estudantes.
Ações de solidariedade
Uma das saídas para afastar a falta de empatia dos alunos é a realização de ações de solidariedade com a turma. Dessa forma, os estudantes começam a entender como é estar no lugar de alguém que está passando por uma situação negativa.
Para incentivar a solidariedade na Educação Infantil, por exemplo, a falta de acesso a brinquedos em crianças de favelas e comunidades pode se tornar um tópico de reflexão. Além disso, as crianças podem ser convidadas a selecionar brinquedos próprios para serem doados a alguma instituição beneficente.
Para as turmas com adolescentes, o mesmo pode ser feito com itens como calçados e roupas. O importante é que todo o processo tenha a participação e engajamento dos alunos.
Práticas de escuta na sala de aula
A falta de empatia também pode ser mitigada com práticas de escuta atenta na sala de aula. Nesse sentido, é possível estimular os debates com a turma sobre os mais variados temas. Entretanto, é importante que o professor saia do papel de detentor do conhecimento para uma pessoa que também tem medos, inseguranças e opiniões.
Além de cada aluno levantar seus pontos de vista, o professor pode pedir que uns repitam e reflitam a situação de outro colega. A partir daí, ele poderá dizer o que entendeu da situação e quais são as emoções que foram despertadas ao ouvir o outro.
Atividades em grupo
As atividades em equipe ou em dupla são importantes para estimular a colaboração mútua, pois ajudam a entender os limites do outro em determinadas situações. Ou seja, o desenvolvimento da empatia se torna uma “consequência” dessa interação.
Há diversas formas de colocar isso em prática para diminuir a falta de empatia da turma, mas uma ótima dica é criar atividades na qual as habilidades de uma pessoa podem complementar as de um outro aluno. Os esportes e atividades artísticas também devem ser inseridos na sala da escola.
Respeito às diferenças
Apesar do mundo ser repleto de pessoas diferentes, muitas vezes vivemos em uma bolha que não nos incentiva a olhar para essa diversidade. Por isso, é fundamental que o professor proponha exercícios que façam os alunos refletirem sobre as diferenças.
Nesse sentido, o professor pode apresentar aos alunos diferentes formas de existir, como novas configurações de família, temas ligados à sexualidade humana, desigualdade racial e social, culturas e religiões desconhecidas.
Outro tema válido são as deficiências físicas e intelectuais. Caso a turma receba um aluno PCD (Pessoa Com Deficiência), o professor pode questionar de que forma os estudantes podem ser receptivos com o novo colega e ajudá-lo na adaptação. Esse gesto faz bem para ambos os lados.
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Envolva a comunidade escolar
A falta de empatia de um aluno precisa ser combatida dentro e fora da sala de aula. Ou seja, toda a comunidade escolar precisa estar envolvida nas ações.
Enquanto os responsáveis pelos estudantes podem ser convidados para uma palestra sobre a importância da empatia, os professores devem ser vistos como uma pessoa que precisa ser ouvida e que ouve a turma.
Também é preciso que os demais funcionários da escola saibam lidar com situações que requerem empatia, como bullying.
Programa de educação socioemocional
Desenvolver essa e outras habilidades socioemocionais pode parecer complexo para a escola, pois os próprios professores e gestores podem não saberem lidar com situações em que uma escuta ativa se faz necessária.
Por isso, a escola que deseja acabar com a falta de empatia dos alunos, pode contar com um programa de desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais dentro da sala de aula. O My Life, por exemplo, é uma dessas iniciativas.
Parte da Conexia Educação e parceiro do Instituto Ayrton Senna, o programa tem como objetivo promover um projeto de vida saudável para alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais – e Ensino Médio, por meio de ações com total embasamento científico. Entre no site para conhecer melhor o programa, ou fale com um dos consultores My Life.
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