A autonomia é uma habilidade importante para qualquer indivíduo, já que sujeitos autônomos podem desenvolver relações mais saudáveis em todas as dimensões formativas.
Apesar de necessária, a autonomia passou a fazer parte do cotidiano escolar com a chegada das abordagens pedagógicas inovadoras. Até porque, a educação tradicional era pautada na soberania do professor, na qual ele tomava as decisões e o aluno tinha pouco poder de escolha.
Atualmente, a educação começou a entender a importância de desenvolver a autonomia na escola, sobretudo com a necessidade de oferecer um ensino-aprendizagem integral que contemple áreas que vão além dos conteúdos da grade curricular.
Por isso, para ampliar ainda mais esse debate, este post apresenta qual a importância do desenvolvimento da autonomia na sala de aula e como as escolas com turmas compostas por adolescentes podem desenvolver essa habilidade.
O que é autonomia?
A autonomia refere-se à capacidade do indivíduo de tomar suas próprias decisões livremente, sem imposição ou outros tipos de influências externas que impossibilitem essa prática. É considerada um tipo de competência, ou seja, pode ser adquirida ao longo da vida.
No entanto, não é simples exercer a autonomia, afinal, a sociedade está repleta de regras e imposições que podem moldar as decisões humanas. Desde as regras de convivência até o mercado profissional, é necessário lidar com padrões que precisam ser seguidos.
Contudo, a autonomia proporciona diversos benefícios, sobretudo para os adolescentes. Nessa fase da vida, cheia de insegurança e incertezas quanto ao futuro, o indivíduo autônomo consegue ter autoconfiança para trilhar os rumos que deseja seguir após o Ensino Médio.
Não por menos, a proposta do Novo Ensino Médio visa proporcionar autonomia para que os alunos possam escolher o próprio percurso educacional. Com isso, as escolas oferecem os itinerários formativos, nos quais os estudantes podem preencher até 40% da carga horária com atividades e projetos conforme o interesse e habilidades pessoais.
Além disso, o Novo Ensino Médio oferece o Projeto de Vida, conjunto de atividades propostas pela escola visando desenvolver a autonomia e o senso de responsabilidade na área pessoal e profissional por parte do aluno. Essa é uma maneira de ajudar o jovem a tirar os projetos do papel.
Autonomia e habilidades socioemocionais
As competências socioemocionais referem-se às dimensões sociais e emocionais de um indivíduo, fundamentais para o convívio saudável nos círculos sociais, acadêmicos e profissionais.
Nesse sentido, a educação socioemocional surgiu para oferecer uma formação ao aluno que não contempla apenas a grade curricular tradicional.
Desse modo, a autonomia aparece como uma das principais competências socioemocionais e, por isso, pode ser desenvolvida na escola, principalmente nas turmas compostas por adolescentes.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforça a importância de desenvolver a autonomia ao longo da Educação Básica, sobretudo nas 10 Competências Gerais. De acordo com o documento, é imprescindível que a escola aplique ações que estimulem o aluno a:
“Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.”
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Como estimular a autonomia na escola?
Para as turmas compostas por alunos adolescentes, a escola pode utilizar a linguagem desses jovens, sobretudo com o uso da tecnologia. Entenda!
Utilize metodologias ativas de aprendizagem
As metodologias ativas de aprendizagem são consideradas inovadoras na educação, pois contrapõem o ensino aplicado há anos. Trata-se de abordagens que promovem autonomia e o protagonismo estudantil, deixando o professor como mediador do processo educacional, e não como o único detentor do conhecimento.
Com as metodologias ativas, a escola proporciona um ambiente educacional no qual todos podem aprender de maneira integral, possibilitando o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais importantes.
Entre as metodologias ativas, a autonomia pode ser desenvolvida por meio da:
- sala de aula invertida;
- cultura maker;
- aprendizagem baseada em projetos;
- ensino híbrido.
Opte pela flexibilização curricular
A flexibilização curricular é mais uma opção para a escola estimular a autonomia entre os adolescentes. Nesse caso, o aluno tem a possibilidade de participar ativamente do processo educacional, sobretudo na escolha das disciplinas que deseja cursar.
Vale salientar que as disciplinas básicas devem permanecer na grade curricular, mas a escola tem a opção de ofertar atividades e projetos opcionais que atendam aos interesses do aluno.
Para isso, é essencial que a gestão pedagógica realize um planejamento aprofundado do projeto pedagógico para o ano letivo. Esse processo de transição pode demandar tempo, mas trará benefícios para todos os envolvidos.
Acrescente a tecnologia às metodologias de ensino
Os alunos das gerações Z e Alpha têm acesso à tecnologia de maneira mais natural e imersiva que as gerações passadas. Por isso, os adolescentes têm facilidade em utilizar os aparatos tecnológicos. Nesse sentido, cabe à escola escolher quais recursos digitais podem ser utilizados para estimular a autonomia na sala de aula.
Os jovens utilizam a tecnologia para promover diversas mudanças sociais, tornando-se protagonista da chamada cultura digital. No que tange à autonomia, os alunos têm acesso maior à informação e aos recursos que facilitam a busca do conhecimento pelos próprios meios.
Promova debates em grupo na escola
A realização de debates na escola proporciona uma abertura maior para o aluno desenvolver a autonomia de pensamentos e praticar a liberdade de expressão, principalmente em temas de interesse dos adolescentes. Além disso, é uma atividade que expõe o aluno a diferentes visões sobre o mesmo assunto.
Com isso, a escola pode implementar a cultura da resolução pacífica de conflitos por meio do diálogo e da autorreflexão. A manifestação saudável dos sentimentos e das emoções também podem surgir com os debates em grupo, contribuindo para a educação socioemocional.
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Conheça o programa socioemocional My Life
A autonomia pode ser desenvolvida na sala de aula por meio da educação socioemocional. Caso a sua escola deseje estimular essa habilidade entre os adolescentes, a gestão escolar pode entrar em contato com o My Life.
O My Life é o programa de educação socioemocional da Conexia Educação em parceria com o Instituto Ayrton Senna. A plataforma, 100% digital, é destinada à construção de um projeto de vida para alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio.
Todo o projeto é desenvolvido com embasamento científico e 100% alinhado à BNCC. Com isso, a escola promove a participação ativa e colaborativa dos alunos na construção do aprendizado, desenvolvendo a autonomia dentro e fora da sala de aula.
Quer entender melhor como o My Life pode ajudar a inovar o ensino-aprendizagem oferecido na sua escola? Acesse o site ou entre em contato conosco por meio do formulário online.
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