Seja você um aluno, professor, pai ou gestor escolar, você também possui um papel de relevância no combate ao bullying dentro e fora das escolas.
Infelizmente, o bullying pode acontecer devido a relacionamentos criados em ambientes escolares. Por isso, é importante saber como ajudar as crianças e adolescentes a se sentirem seguras e protegidas nessa problemática situação.
Continue a leitura para entender algumas das consequências do bullying na vida dos jovens e como identificar esse problema no ambiente escolar.
Quais as consequências do bullying na vida dos jovens?
Queda na aprendizagem e desempenho
Caso o adolescente seja vítima de bullying na escola, é provável que ele sinta medo de ir ao ambiente onde encontrará seu agressor.
E por estar constantemente preocupado com quando, como e onde ele poderá ser uma vítima do bullying, seu tempo e energia gastos no aprendizado definitivamente cairão. Isso resultará em repetências por faltas, queda de desempenho e até evasão escolar.
Irritabilidade e agressividade
A adolescência já é um período de muitas mudanças e inseguranças entre os jovens. Mas ela também pode gerar dúvidas e agressividade entre os que também são vítimas do bullying.
Por estar vivendo um cenário de angústia e medo, esse adolescente pode usar a agressão como uma ferramenta para afastar outras pessoas e lidar com seus sentimentos. Isso não só influenciará a construção de um adulto agressivo como, em casos extremos, pode acabar em tragédia.
Transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford revelou que 30% dos casos de depressão em adultos podem estar relacionados com o bullying sofrido na adolescência.
O estudo acompanhou a adolescência e o início da fase adulta de quase 4 mil pessoas. Ele revelou que dos 683 jovens que sofriam bullying frequentemente – mais de uma vez por semana – aos 13 anos, 14,8% eram depressivos aos 18, em comparação a 7,1% dos 1.446 indivíduos que relataram assédio moral de uma a três vezes durante um período de seis meses.
Já entre os que não sofreram bullying durante a adolescência, apenas 5,5% eram depressivos. E a depressão é apenas uma das consequências do bullying entre os jovens: baixa autoestima, insegurança, ansiedade, estresse e ataques de pânico são outros exemplos de como o bullying pode afetar as pessoas.
Distúrbios alimentares
Outra pesquisa preocupante é do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), que constatou uma ligação direta entre o bullying e distúrbios alimentares como anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar.
De acordo com Patrícia Galvão, nutricionista e doutoranda do estudo, a insatisfação corporal costuma ser um fator importante para os jovens que sofrem com o bullying no ambiente escolar.
“Os resultados apontaram que meninas com idade média de 13 anos têm mais sintomas de transtornos alimentares do que meninos da mesma idade e que, para ambos os sexos, ser vítima de bullying, praticar binge drinking (beber grandes quantidades de álcool de uma só vez) e usar remédios emagrecedores sem prescrição médica são fatores associados a maior quantidade de sintomas desses transtornos”, ressalta Patrícia.
Ou seja, é imprescindível estar atento a sinais como desidratação, desnutrição, consumo de bebidas alcoólicas e de drogas ilícitas.
Internet é sério agravante
43% dos entrevistados em uma pesquisa da Microsoft afirmaram ter sofrido bullying na internet. O levantamento, realizado em 32 países, avaliou o comportamento de adolescentes (entre 13 e 17 anos) e adultos (de 18 a 74 anos) no espaço virtual.
Com todas as respostas da pesquisa, a Microsoft calculou o Índice de Civilidade Digital (ICD), que usa métricas como inclusão, transparência e respeito no mundo digital para medir o tom das interações online. Quanto mais alto o resultado, mais hostil é o ambiente cibernético do país avaliado. No Brasil, o índice alcançou 72%.
Segundo a Microsoft, 21% dos entrevistados no Brasil foram vítimas de bullying, sendo que os mais afetados foram os millennials (nascidos entre 1985 e 2000) e a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010).
Ou seja: apesar do bullying ser um problema para todos, ele se torna mais comum e preocupante entre os jovens.
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Como combater o bullying nas escolas?
Em novembro de 2015, foi instituída a Lei nº 13.185 com um Programa de Combate à Intimidação Sistemática, em todo o território nacional.
Na legislação, o bullying é descrito como “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”.
Com essa lei, se torna ainda mais importante para a escola identificar, combater e prevenir o bullying. Abaixo, listamos algumas medidas que podem ajudar as instituições de ensino a oferecer um ambiente mais seguro aos estudantes.
Envolver as famílias na comunidade escolar
Para o combate ao bullying ser efetivo, ele deve unir a família e a escola. Por isso, é importante que os pais estejam sempre cientes do comportamento de seus filhos. Além disso, a escola deve se mostrar aberta para conversas caso a família note mudanças bruscas nos jovens.
Realizar eventos e debates sobre o tema
Uma das principais maneiras de conscientizar os alunos sobre o bullying é por meio de eventos e palestras sobre esse importante assunto. Desde filmes que abordam o assunto até palestras, o importante é mostrar aos estudantes as consequências de suas ações.
Também é aconselhado incentivar conversas com os alunos após a atividade para ajudá-los a compreender a importância desse tema.
Investir em um programa socioemocional
As habilidades socioemocionais influenciam a forma como pensamos, sentimos e agimos em várias circunstâncias. É por isso que o investimento em um programa socioemocional é ideal para o combate ao bullying.
Com o Programa de Educação Socioemocional My Life, por exemplo, os estudantes ganham apoio na construção de um projeto de vida saudável por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais.
Em parceria pedagógica com o Instituto Ayrton Senna, o objetivo do programa é promover a construção de um projeto de vida saudável para adolescentes do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais e conteúdos ampliados para educação bilíngue, 100% alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Entre em contato com a nossa equipe e entenda o que o My Life pode fazer pela sua instituição de ensino!
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