Trabalhar o empreendedorismo na escola é uma das maneiras mais inovadoras de preparar os jovens para os desafios do mundo adulto. Afinal, esse tipo de conhecimento vai muito além de “criar uma empresa”: trata-se de uma jornada de autodescoberta, criatividade e capacitação para buscar oportunidades de tornar ideias em realidade.

Neste post, você entenderá como estimular a cultura empreendedora na escola e potencializar o ensino oferecido aos seus alunos. Afinal, educação de qualidade é sinônimo de novas matrículas. Confira! 

Qual a importância do empreendedorismo nas escolas?

O empreendedorismo envolve a criação e desenvolvimento de novos projetos, visando buscar oportunidades e transformar ideias inovadoras em realidade. Todo esse processo envolve a introdução de novas ideias, produtos ou serviços, tornando a inovação uma peça-chave. Mas, afinal, o que tudo isso tem a ver com a educação? 

Trabalhar o empreendedorismo na escola desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do aluno e na preparação para o mundo real, sobretudo pelas habilidades e competências adquiridas no processo de tirar ideias do papel. 

Primeiramente, o empreendedorismo incentiva o aluno a pensar fora da caixa, buscar soluções criativas para os problemas e transformar ideias em ações. Ao envolver os alunos nesse tipo de projeto, eles aprendem habilidades práticas, como planejamento, gestão financeira e trabalho em equipe.

Essas e outras habilidades desenvolvidas pelo empreendedorismo na escola contribuem para a formação integral do aluno. Isso porque, ao abordar questões sociais e ambientais por meio do empreendedorismo, os alunos aprendem sobre responsabilidade social e podem se tornar agentes de mudança em suas comunidades.

Empreendedorismo na escola e BNCC 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo essencial para guiar a Educação Básica no Brasil. Com isso, o incentivo ao empreendedorismo na escola aparece em diversas orientações, sobretudo para as séries do Ensino Médio.

De acordo com a BNCC, cabe à escola:

“Proporcionar uma cultura favorável ao desenvolvimento de atitudes, capacidades e valores que promovam o empreendedorismo (criatividade, inovação, organização, planejamento, responsabilidade, liderança, colaboração, visão de futuro, assunção de riscos, resiliência e curiosidade científica, entre outros), entendido como competência essencial ao desenvolvimento pessoal, à cidadania ativa, à inclusão social e à empregabilidade.”

O empreendedorismo aparece também entre os eixos estruturantes dos itinerários formativos, conjunto de disciplinas, projetos e oficinas nos quais os estudantes podem escolher no Ensino Médio. 

Nesse caso, as escolas precisam estimular a mobilização de conhecimentos de diferentes áreas para a formação de organizações com variadas missões voltadas ao desenvolvimento de produtos ou prestação de serviços inovadores.

O que trabalhar na educação empreendedora?

A escola que deseja utilizar metodologias inovadoras para potencializar o ensino-aprendizagem precisa entender como a educação pode despertar o empreendedorismo. Veja 5 dicas do My Life

1. Incorpore projetos práticos no currículo acadêmico 

Uma maneira inovadora de introduzir o empreendedorismo na escola é incorporar projetos práticos no currículo acadêmico ao longo do ano letivo. Para isso, o professor pode incentivar o aluno a desenvolver ideias em projetos, como a criação de pequenos negócios fictícios ou a identificação de soluções inovadoras para problemas locais. 

Esses e outros projetos podem envolver atividades que permitam aos alunos aprender habilidades práticas, como planejamento, execução e tomada de decisão responsável.  Além disso, o professor pode estimular a colaboração, encorajando os alunos a trabalharem juntos na concepção e implementação dos projetos. 

2. Leve empreendedores locais para a escola 

Outra maneira de trabalhar o empreendedorismo na escola é convidar empreendedores locais para dar palestras aos alunos. Essas experiências podem ser enriquecedoras, afinal, a turma terá acesso aos desafios e sucessos enfrentados por pessoas que tiraram ideias do papel.

Além disso, os empreendedores podem oferecer orientações práticas e conselhos sobre como iniciar e administrar um negócio e, para maximizar o impacto dessas interações, é importante criar um ambiente aberto para perguntas e discussões, incentivando os alunos a interagirem e a se envolverem ativamente na aprendizagem.

3. Promova atividades extracurriculares empreendedoras

Além das aulas regulares, a escola pode disponibilizar atividades extracurriculares voltadas para o empreendedorismo no contraturno escolar, que podem incluir elaboração de planos de negócios, feiras de empreendedorismo ou debates sobre filmes e séries com essa temática. 

Participar dessas atividades extracurriculares proporciona aos alunos uma experiência mais aprofundada e imersiva no mundo do empreendedorismo, permitindo-lhes aplicar seus conhecimentos e habilidades em cenários reais, ampliando a visão sobre as possibilidades e desafios no ambiente profissional. 

4. Estimule o pensamento crítico e a criatividade

Para cultivar a cultura empreendedora, a escola deve focar no desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade. Isso pode ser feito por atividades que desafiem o aluno a encontrar soluções inovadoras para problemas do dia a dia ou a pensar em novas maneiras de abordar questões existentes. 

Além disso, o professor pode incentivar discussões em sala de aula que estimulem os alunos a questionar e analisar informações, fomentando o pensamento crítico e o debate saudável de ideias. 

Já a criatividade pode ser estimulada por meio de atividades artísticas, como a criação de vídeos ou projetos visuais relacionados aos projetos. Essas habilidades são fundamentais para empreendedores, que precisam inovar e encontrar soluções únicas para os desafios enfrentados no mundo dos negócios.

5. Utilize a tecnologia

Como a tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante no mundo dos negócios, e também na educação, é crucial que o professor integre o uso de recursos e habilidades digitais na implementação do empreendedorismo na escola. 

Assim, o professor pode introduzir ferramentas e plataformas digitais que auxiliem os alunos na pesquisa de mercado, na criação de protótipos virtuais, na elaboração de campanhas de marketing online ou na gestão financeira de um negócio fictício. 

Além disso, a escola deve enfatizar a importância das habilidades digitais, como a capacidade de usar softwares de produtividade, criar conteúdos online e navegar na internet com segurança e ética. 

Como a escola pode desenvolver a prática do empreendedorismo social?

O empreendedorismo social engloba os mesmos processos de criação que o tradicional, contudo, ele é voltado para resolver problemas da sociedade, proporcionando impactos positivos nas pessoas e no meio ambiente. Outro ponto que diferencia os dois modelos é que, no social, as soluções e serviços não visam lucros

Já no método tradicional, a ideia precisa gerar lucros, afinal, é preciso rentabilidade para o negócio dar certo a médio e longo prazo. Para os alunos, ter contato com os problemas sociais e ambientais é uma maneira de desenvolver o lado cidadão, preparando-o para fazer a diferença por meio do empreendedorismo social.

A educação empreendedora é uma das diferentes maneiras de estimular o desenvolvimento integral do aluno, por meio das competências e habilidades socioemocionais – disso, o My Life entende! Com parceria com o Instituto Ayrton Senna, o projeto proporciona um conteúdo acadêmico alinhado aos desafios do século XXI. 

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