No processo de formação, desde os primeiros anos até a adolescência, é natural enfrentar desafios para a construção de uma rede de relações sociais e até momentos antissociais e de mais reclusão.
Nessa jornada, ainda na formação das crianças e adolescentes, a escola e a família precisam estar atentos para entender, acolher e diagnosticar um comportamento antissocial mais profundo e uma condição clínica que requer cuidados especiais.
Neste artigo, você entenderá o que é o comportamento antissocial, suas principais causas, sinais de alerta e as principais estratégias e dicas para desenvolver um ambiente escolar acolhedor e respeitoso para o aluno com comportamento antissocial.
O que é um comportamento antissocial?
Um comportamento antissocial é um conjunto de ações e padrões que vão na contramão do que se espera do convívio social saudável.
Ele pode se manifestar através de atitudes como agressões, manipulações excessivas, falta de empatia, desrespeito às regras e normas, e outras atitudes que prejudicam a própria pessoa e as pessoas ao seu redor.
Com a ajuda de uma equipe especializada, é possível identificar, por exemplo, um caso clínico de Transtorno de Personalidade Antissocial, seu grau e como pode ser feito um tratamento e ações.
Com essa clareza sobre a real situação, a família e a escola podem atuar para o bem-estar da criança. Afinal, nem todas as crianças que apresentam algumas características e comportamentos desafiadores são antissociais.
Causas e características do comportamento antissocial
Identificar as causas do comportamento antissocial é o primeiro passo para oferecer um suporte adequado ao aluno e pensar em métodos e estratégias na escola. Neste contexto, as causas podem ser:
1. Fatores hereditários e genéticos
Uma pesquisa da Universidade da Inglaterra mostrou que os comportamentos antissociais podem ser herdados geneticamente e transmitidos para as gerações futuras, influenciando o controle emocional.
2. Ambiente familiar
Casos de conflitos frequentes, violência doméstica, falta de suporte emocional, supervisão e orientação, assim como qualquer tipo de abuso físico, emocional ou negligente, podem influenciar e desenvolver comportamentos antissociais como um mecanismo de defesa.
3. Eventos traumáticos
A perda de um familiar, um acidente grave ou até mudanças significativas na vida da criança — como a separação dos pais — são exemplos de experiências que podem trazer dificuldades de adaptação e mudanças de comportamentos que levam ao desenvolvimento do comportamento antissocial.
4. Ambiente social e cultural
Situações violentas ou a exposição a ambientes agressivos, bem como a influência de amigos e grupos, podem ocasionar a adoção de comportamentos semelhantes.
5. Problemas de saúde mental
Outras condições como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou qualquer outra patologia clínica, como depressão e ansiedade, podem levar a comportamentos agressivos e de isolamento social.
6. Falta de apoio na escola e em casa
No ambiente escolar, o bullying ou qualquer outro comportamento de exclusão, assim como a falta de suporte acadêmico e emocional na escola e em casa, podem levar ao desenvolvimento de comportamentos antissociais.
Além disso, quando falamos sobre os comportamentos antissociais, podemos citar como pontos de atenção:
- Isolamento social
- Agressividade e desobediência
- Falta de empatia e outras habilidades socioemocionais
- Dificuldade de aprendizagem
- Problemas interpessoais
- Manipulação excessiva e mentiras
- Falta de aceitação ao novo e compreensão
Aluno antissocial: 5 estratégias para usar em sala de aula
Para ajudar o aluno antissocial a se desenvolver de forma saudável, escola e família devem trabalhar juntos.
O papel do coordenador escolar e do professor é essencial para tornar o ambiente acolhedor e respeitoso, para que os alunos antissociais se sintam bem ao desenvolver suas habilidades nos âmbitos acadêmicos, pessoais e emocionais. Confira algumas estratégias:
1. Regras claras e consistentes
Desde o planejamento pedagógico do ano letivo, defina regras claras e objetivos consistentes que deverão ser alcançados em cada série escolar.
Leve em consideração as ações a serem colocadas em prática para cada perfil de aluno, incluindo os que apresentam comportamentos antissociais. Dessa forma, a equipe estará preparada para os desafios que encontrarem e demonstrará o compromisso com a formação completa de todos os alunos.
2. Reforço na equipe escolar
Considere incluir um profissional capacitado da área de psicologia para orientar e ajudar no dia a dia da escola.
Com esse reforço, a escola terá um importante aliado dos alunos e dos pais, podendo fazer intervenções e colocar em prática ações pautadas no bem-estar com mais assertividade e clareza.
Esse profissional também poderá orientar professores e coordenadores a identificar tendências antissociais nos alunos e como lidar com as necessidades especiais demandadas por esses casos.
3. Envolvimento da família
Durante o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes, a família exerce um apoio fundamental para o desempenho acadêmico. Em caso de alunos antissociais, a parceria com a escola é essencial para entender as necessidades de cada um e para que ações socioemocionais sejam realizadas com o objetivo de obter melhores resultados, sendo capaz de realmente ajudar a criança ou o adolescente.
4. Paciência e diálogo aberto
Entender que cada aluno é único e tem suas próprias necessidades e aptidões é essencial para respeitar, acolher e aceitar o tempo de desenvolvimento de cada um.
Estabelecer um diálogo aberto e genuíno entre escola, aluno e pais, praticando a escuta ativa e adotando uma cultura do feedback, torna o desenvolvimento possível e palpável.
5. Desenvolvimento das competências socioemocionais
Saber entender, controlar e lidar com emoções e sentimentos torna a jornada de aprendizagem mais única para cada aluno.
A escola deve fornecer um meio para que os alunos desenvolvam seu lado socioemocional. Com estímulo para refletir sobre suas ações, sobre si mesmo e sobre a sociedade, os alunos antissociais podem desenvolver habilidades e competências importantes que ajudam a mitigar seus comportamentos e auxiliar em sua trajetória de vida.
7 atividades práticas para ajudar a amenizar os comportamentos antissociais
Em sala de aula, a inovação e busca por novas vertentes podem tornar o processo de aprendizagem mais saudável e mitigar os efeitos dos comportamentos antissociais.
A aprendizagem colaborativa pode ser aplicada com os seguintes exemplos:
1. Jogos em grupo
Além de estimular a sociabilidade, eles também podem estimular a criatividade infantil, a comunicação e a resolução de problemas.
2. Apresentação de projetos
Uma simples apresentação, que requer a participação de todos os integrantes do grupo, pode ajudar a estimular a comunicação interpessoal, o senso crítico e a integração.
3. Teatro e música
Recursos adicionais durante as aulas podem fazer com que os alunos ampliem suas possibilidades de se expressar, criando uma abertura saudável para falar das próprias emoções.
4. Diário ou parede dos sentimentos
As duas atividades podem ser desenvolvidas tanto com os alunos com comportamentos antissociais como com toda a classe, sendo usadas tanto para mediação de conflitos, quanto para reconhecer as qualidades e pontos positivos dos outros.
5. Oficinas maker
Ao propor um projeto de construção, conhecidos como oficinas maker, os alunos terão a oportunidade de trabalhar de maneira colaborativa, estimulando a socialização e o senso de pertencimento.
6. Rodas de conversa
Partindo da leitura de um livro ou um filme, a ideia é que cada aluno expresse sua opinião e gere um debate construtivo de ideias e possíveis soluções.
7. Projetos comunitários
Ser solidário e pensar no outro pode ajudar o aluno com comportamento antissocial a ampliar seu senso de mundo e empatia, além de estimular outras habilidades socioemocionais.
Bônus: ferramenta para auxiliar no desenvolvimento socioemocional de alunos com comportamento antissocial
No dia a dia, sua escola pode contar com uma solução educacional completa para potencializar o desenvolvimento completo das competências e habilidades socioemocionais dos alunos.
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