Estimular o lado empático é fundamental para o convívio em sociedade, afinal, precisamos entender as necessidades de todas as pessoas ao nosso redor. Esse incentivo é ainda mais relevante na escola, ambiente importante para a formação de indivíduos.
Se olharmos para as turmas do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, nas quais os alunos estão passando pela adolescência, estimular a reflexão sobre empatia ajuda os jovens a entenderem e resolverem situações de conflito, tornando-os adultos mais responsáveis.
Entenda, nesse post, como trabalhar a empatia na sala de aula.
Qual a importância da empatia no ambiente educacional?
A empatia é definida como a capacidade de sentir o que outra pessoa sente, como se ela mesma estivesse passando por determinada situação. É uma forma de se colocar no lugar do outro, a partir da escuta e do entendimento da outra parte.
Por vivermos em sociedade, a empatia é um sentimento fundamental para diversos contextos de relações interpessoais, como familiar e profissional. Desenvolver um lado empático é ainda mais crucial quando falamos da educação, pois essa é uma das fases mais importantes para a formação de um indivíduo enquanto pessoa e como futuro profissional.
A escola não é responsável apenas pelo ensino, mas também faz parte do desenvolvimento do lado socioemocional e da construção da personalidade do aluno. Nesse sentido, ser um educador empático fortalece a confiança aluno-professor, ao mesmo tempo que contribui para a formação de um indivíduo como um todo.
Quando o assunto envolve educação para o público adolescente, uma fase de intenso amadurecimento e mudanças, as demonstrações e incentivo à empatia na sala de aula são extremamente relevantes para a preparação do jovem para a vida adulta, principalmente para o relacionamento com outras pessoas.
Um estudo divulgado em 2021 aponta que adolescentes seguros, apoiados por familiares ou outros cuidadores adultos, tendem a transmitir empatia para outras pessoas. Dessa forma, adolescentes mais empáticos apresentam níveis menores de agressividade e preconceito.
Além disso, o estudo demonstrou que adolescentes inseguros conseguem desenvolver a empatia quando veem os amigos sendo empáticos. Tratando-se da relação entre os colegas, essa prática é uma ótima ferramenta para combater o bullying nas escolas por fazer com que eles reconheçam as diferenças e entendam os malefícios nesse tipo de ação.
Confira 7 dicas para ser um educador empático na sala de aula
A empatia na sala de aula deve ser desenvolvida por meio da prática constante, e precisa ser um valor que faz parte da cultura do ambiente educacional como um todo. Mas como desenvolver o lado empático como educador e escola, e incentivar a empatia na sala de aula?
Observe a turma
Um simples olhar mais observador sobre a turma é uma forma de analisar possíveis problemas individuais e coletivos, e assim buscar entendê-los e propor alternativas para resolver a situação.
A observação é uma ação que pode evitar a prática de bullying, descobrir o uso de drogas e surgimento de transtornos mentais graves por parte dos alunos – e ainda auxilia na melhoria dos indicadores educacionais. Foi o que aconteceu com uma escola pública na Bahia.
Após a diretora e professores analisarem que as meninas faltavam às aulas sempre num determinado período do mês, chegou-se a conclusão que elas não iam à escola no período menstrual por falta de absorvente. Então, a unidade criou uma iniciativa pioneira de entrega de absorventes para estudantes em vulnerabilidade social.
Ouça os alunos
A escuta é um instrumento essencial no contexto educacional, e fortalece o desenvolvimento do lado empático de educadores e alunos. Quando o professor demonstra que tem interesse no que o adolescente tem a dizer, ele cria uma relação de confiança e ainda fortalece o engajamento da turma.
É importante saber “ouvir” não apenas o que é dito, mas também a linguagem corporal, os gestos e ações dos alunos. Além do mais, a escuta deve ser praticada entre os próprios educadores e demais profissionais da unidade escolar.
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Ofereça suporte adequado
O suporte ao aluno pode ser demonstrado em diversas formas. Pode ser um auxílio efetivo após um educador ou profissional da instituição observar algum conflito envolvendo um aluno ou turma, ou apenas demonstrar que o adolescente tem um lugar seguro para falar sobre emoções e sentimentos.
Incentive o protagonismo estudantil
Protagonismo estudantil é garantir que o aluno seja um agente ativo no processo de aprendizagem, e não um indivíduo passivo que absorve o conhecimento oferecido pela escola. Inclusive, esse conceito consta na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Nesse sentido, a escola deve estimular o debate de ideias, opiniões e até mesmo os sentimentos e emoções. A sala de aula deve ser um ambiente que estimule o diálogo entre todos. Com isso, a escola consegue avaliar se há ideias negativas, e propor atividades que façam o jovem analisar e refletir determinada situação.
Crie um ambiente de acolhimento
O educador e demais agentes da educação devem fazer com que a sala de aula seja vista como um espaço empático e acolhedor. Para isso, os jovens estudantes precisam entender que a escola é um ambiente no qual eles podem falar abertamente sobre os medos, angústias, sentimentos e emoções no geral.
O estímulo de expressão de sentimentos negativos também é necessário. Nesse sentido, a escola pode proporcionar rodas de conversa e atividades no qual todos da turma podem participar, refletir e se expressar livremente.
Evite fazer julgamentos
Nem sempre é fácil evitar o julgamento em determinadas situações, mas essa é uma prática que deve fazer parte da cultura da escola. Antes de emitir uma opinião mais dura sobre determinada situação vivenciada por algum aluno, é fundamental primeiro entender o contexto primeiro.
Após a escuta e análise dos fatos, a escola pode aconselhar de forma saudável ou oferecer o suporte adequado. Nos casos de bullying, por exemplo, ouvir o agressor e fazer com que ele se coloque no lugar da vítima pode ser mais eficaz do que aplicar uma punição.
Assim, o estudante tem a chance de repensar a atitude que cometeu, diminuindo as chances de recorrência do ato.
Incentive a empatia entre os alunos
É importante que a escola incentive o desenvolvimento do lado empático entre os jovens estudantes, e não apenas na relação professor-aluno. Isso pode ser feito por meio de atividades que estimulem a reflexão sobre determinadas situações que pedem empatia.
Atividades em grupo, estudo de caso sobre situações de conflito e palestras sobre temas sensíveis são algumas formas da escola estimular que os alunos debatam a empatia entre eles.
Ademais, o estímulo de atividades grupais no geral desperta o senso de coletividade e parceria entre os estudantes.
Quer uma dica bônus para levar a empatia para a escola?
A educação socioemocional pode ser um instrumento que auxilia no desenvolvimento do lado empático tanto do professor quanto do aluno. Nesse sentido, a Conexia Educação, em parceria pedagógica do Instituto Ayrton Senna oferece às escolas o Programa de Educação Socioemocional My Life.
O programa tem como objetivo promover a construção de um projeto de vida saudável para adolescentes do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio, por meio do desenvolvimento de competências socioemocionais e conteúdos ampliados para educação bilíngue.
Entre em contato com a nossa equipe e saiba como se tornar uma escola parceira My Life!
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