A frustração pode chegar num piscar de olhos. Imagine: você estava esperando ansiosamente que algo acontecesse, mas as coisas não ocorrem como você havia previsto, e você passa a se sentir desanimado e triste. Com certeza, você já deve ter passado por essa situação e lidado com esse sentimento de frustração em algum momento da vida.

Quando tratamos da jornada acadêmica, uma das etapas mais marcantes da vida de um adolescente é a fase do vestibular. São anos de preparação para que a tão sonhada vaga na faculdade seja alcançada, e por vezes, o resultado não sai como esperado, fazendo com que o sentimento de frustração apareça.

E este é só um exemplo de um episódio que faz parte da vida educacional e da pessoal das crianças e jovens que pode vir acompanhado de muitos outros sentimentos. Porém, a forma como lidamos com esse turbilhão de emoções pode ser a chave para a formação do caráter e do futuro saudável que esperamos.

Neste texto, você vai entender um pouco mais sobre a frustração, suas consequências e como lidar com ela no âmbito escolar e em casa.

O que é frustração?

A frustração é o sentimento que surge quando as nossas expectativas por algo acabam não se realizando.

O sentimento de frustração está associado a situações inesperadas que fogem do controle e podem se apresentar de várias maneiras, impactando negativamente o bem-estar emocional e ser acompanhado de outros sentimentos como tristeza, ansiedade, estresse, desânimo, sensação de impotência e baixa autoestima.

A frustração pode ocorrer em diversos contextos como, por exemplo, o citado no início do texto, a expectativa pelo resultado do vestibular ou Enem (Exame Nacional do Ensino Médio); o mau desempenho em uma matéria; o resultado de uma prova ou trabalho apresentado; e em questões mais pessoais, como em relacionamentos e família.

Por isso, é essencial um entendimento profundo sobre esse sentimento para que, ao criar uma expectativa, ela esteja alinhada com a realidade. Neste sentido, ter inteligência socioemocional e dominar outras habilidades pode fazer a diferença em como lidamos com a frustração.

Como lidar com a frustração?

Para lidar com a frustração, uma grande aliada das escolas é a Educação Socioemocional. Com ela, os alunos, independentemente da idade, podem desenvolver suas competências e habilidades que vão ajudar a lidar melhor com suas próprias emoções, e também a conviver em sociedade, construindo relações fortes pautadas em valores de suma importância para seu futuro.

Além disso, o apoio familiar também se torna essencial para que, em casa, a Educação Socioemocional ganhe um peso maior e faça parte de modo completo da vida da criança e do adolescente.

A frustração na escola

Seguindo as diretrizes da BNCC, que é a base para os currículos escolares em todo o Brasil, a habilidade de lidar com a frustração e todas as outras emoções que ela pode acarretar está relacionada com as competências 8 e 10 que dizem, respectivamente:

  • Autoconhecimento e autocuidado:  capacidade de conhecer a si compreender-se na diversidade de indivíduo para que possa valorizar a sua saúde física e emocional; identificar as suas fragilidades emocionais e as dos outros, com autocrítica e habilidade para saber agir sobre elas.
  • Responsabilidade e Cidadania: saber atuar de forma pessoal e em grupo, de modo autônomo, responsável, flexível, resiliente e de maneira determinada, assim aprendendo a tomar decisões com base em concepções éticas, igualitárias, inclusivas, sustentáveis e humanitárias.

Existem hoje no mercado educacional diversos modelos de estudos que relacionam o desenvolvimento das competências com as diretrizes da BNCC.

Por exemplo, o Instituto Ayrton Senna, que é parceiro do My Life, propõe a divisão em 5 macro competências e, em uma delas, a da Resiliência Emocional, que o foco é ajudar os alunos a desenvolver a tolerância ao estresse, à frustração e também a ter mais autoconfiança.

Com sua base pautada em pesquisas, segundo o Instituto, o desenvolvimento dessas competências está diretamente ligado ao aumento das chances de ingresso no Ensino Superior e ao aumento do desempenho acadêmico.

Dessa forma, além da possibilidade de adotar uma solução de Educação Socioemocional para oferecer uma formação integral ao aluno e o desenvolvimento dessas habilidades que são tão importantes, a escola pode também colocar em prática algumas estratégias e ações, como:

  • Aluno no centro da aprendizagem: proponha atividades que a criança e o adolescente possam ser protagonistas de sua jornada escolar, estimulando sua tomada de decisão, sua capacidade de comunicação, resolução de problemas, responsabilidade e interação social.
  • Suporte no planejamento de estudos: ao definir objetivos e metas realistas de estudos e profissionais, os adolescentes podem, de acordo com suas limitações e aptidões, alinhar suas expectativas e, assim, evitar frustrações. Além disso, ele estará praticando suas capacidades de foco, organização e confiança.
  • Ambiente acolhedor e de feedback: estabelecendo um canal aberto para ouvir a voz do aluno, a escola pode ver um aumento do senso de pertencimento e engajamento e, além disso, consegue aplicar melhorias para fazer um ambiente acolhedor, respeitoso e que caminha junto do desenvolvimento do aluno.

A frustração em casa

Já em casa, sendo uma extensão do ambiente de aprendizagem que começa na escola, os pais desempenham um papel central na vida pessoal de cada criança e adolescente.

Veja ações que não devem faltar na convivência familiar:

1. Não projete expectativas
Muitos pais fazem isso, afinal todos querem o melhor para o seu filho. Porém, a base para a construção de um relacionamento saudável é dosar e alinhar as expectativas pessoais com as do adolescente.

Como protagonista de sua própria história, cabe a cada jovem tomar suas decisões, e o papel dos pais é apoiar, entender e aceitar, sem cobranças desnecessárias.

2. Respeite o espaço

Essa tende a ser uma das ações mais difíceis para os pais, uma vez que a missão de estar presente na vida e no desenvolvimento do filho é fundamental para o seu sucesso.

Assim sendo, é preciso ter um equilíbrio entre estar presente e respeitar o espaço que ele precisa para se desenvolver. 

3. Construa o diálogo aberto

Compreensão e empatia são os pontos fortes para estabelecer uma comunicação aberta. Esse fator pode fazer o ambiente ser mais acolhedor, pautado no respeito mútuo e sem tantos julgamentos. Dessa forma, os pais também podem mostrar ao jovem outra visão sobre a situação, criar um vínculo mais forte, dividir histórias e sentimentos.

4. Incentive seu filho

Se a frustração chegar, não anule esse sentimento, pelo contrário. Esteja ao lado do jovem e tente, juntos, ver esse episódio como uma forma construtiva de recomeçar, aprender com os erros e se aperfeiçoar. Afinal, uma frustração não pode determinar todo um futuro.

Escolhas conscientes e com mais significados

Como vimos, um dos caminhos para ajudar os alunos a lidar com a frustração é pela Educação Socioemocional.

Para ajudar crianças e adolescentes, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, a fazerem escolhas mais conscientes e a construírem uma vida com mais significado, o My Life, solução de educação socioemocional da Conexia Educação, traz uma abordagem ativa, colaborativa e transdisciplinar com conteúdos voltados para cada série escolar que enriquecem o seu desenvolvimento integral.

Colocando o aluno como protagonista e peça central do seu aprendizado, o My Life traz, na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, um material físico rico, lúdico e interativo para aulas com mais engajamento, criatividade e descoberta pelo mundo.

Já nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, o My Life adota uma plataforma digital intuitiva com propostas de atividades que falam a linguagem da nova geração para que os alunos possam explorar seu potencial e descobrir mais sobre si, suas escolhas e o mundo.

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