Antes de aprender a reconhecer equações, o aluno precisa aprender a resolver o que sente.
Na rotina escolar, é comum que professores e famílias se deparem com comportamentos que refletem emoções não compreendidas: frustração diante de uma dificuldade, ansiedade em apresentações, irritação em conflitos com colegas. Muitas vezes, o que parece indisciplina é, na verdade, uma emoção que o aluno não sabe nomear. E é justamente nesse ponto que começa a alfabetização emocional, o processo que ensina a reconhecer, compreender e expressar o que se sente de maneira saudável.
O que é alfabetização emocional?
Alfabetizar emocionalmente é identificar, compreender e expressar emoções.
É quando o aluno aprende a identificar se está com raiva, medo, tristeza, alegria ou vergonha e entende o que cada uma dessas emoções comunica.
Assim como as letras permitem ler o mundo, as emoções nomeadas permitem ler a si mesmo. Essa é a base da educação socioemocional: desenvolver a consciência e a linguagem emocional para construir relacionamentos mais equilibrados e escolhas mais coerentes.
Quando um aluno diz “estou irritado porque perdi o jogo”, ele está, na verdade, dando um passo importante rumo à autorregulação. Ele substitui a reação impulsiva pela reflexão e essa é uma conquista poderosa. Os impactos diretos no desenvolvimento do aluno:
- Autorregulação emocional
Ao reconhecer o que sente, o aluno aprende a pausar antes de reagir.
Em vez de responder com agressividade ou isolamento, ele entende o que está acontecendo e busca estratégias para lidar com o sentimento seja respirando, conversando ou pedindo ajuda. - Tomada de decisão
As emoções influenciam diretamente as escolhas.
Um aluno que compreende suas emoções consegue decidir com mais clareza, considerando não apenas o impulso, mas também as consequências de suas ações. - Desempenho acadêmico
Estudos mostram que alunos emocionalmente alfabetizados se concentram mais, persistem nos desafios e lidam melhor com erros.
A sala de aula deixa de ser um ambiente de cobrança e passa a ser um espaço de aprendizado emocional e cognitivo. - Relações interpessoais
Ao nomear o que sente, o aluno desenvolve empatia e compreende que o outro também sente. Isso reduz conflitos, fortalece vínculos e cria uma cultura escolar de respeito e escuta.
O papel da escola e do professor
A alfabetização emocional não acontece por acaso. Ela precisa ser intencionalmente cultivada no espaço escolar. Professores, coordenadores e gestores desempenham um papel essencial nesse processo, criando oportunidades para que os alunos expressem, reflitam e compreendam o que estão sentindo.
Programas estruturados de educação socioemocional, como o MyLife, oferecem caminhos concretos para isso.
Por meio de experiências pedagógicas, dinâmicas e reflexões, os alunos aprendem a traduzir emoções em palavras, fortalecendo competências como autoconhecimento, empatia, autocontrole e colaboração.
O resultado é uma escola mais humana, conectada e preparada para formar indivíduos completos capazes de pensar, sentir e agir de forma consciente.
Aprender a nomear o que se sente é, portanto, um ato de autoconhecimento e empoderamento.
É o primeiro passo para um aprendizado verdadeiramente integral, aquele que une razão e emoção, conhecimento e humanidade.
No MyLife, preparamos os estudantes para fazerem escolhas conscientes para construírem uma vida significativa e quando a escola oferece espaço para que os estudantes identifiquem, nomeiem e expressem suas emoções, ela forma pessoas mais conscientes, colaborativas e preparadas para transformar o mundo.
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