Antes de aprender a reconhecer equações, o aluno precisa aprender a resolver o que sente.
Na rotina escolar, é comum que professores e famílias se deparem com comportamentos que refletem emoções não compreendidas: frustração diante de uma dificuldade, ansiedade em apresentações, irritação em conflitos com colegas. Muitas vezes, o que parece indisciplina é, na verdade, uma emoção que o aluno não sabe nomear. E é justamente nesse ponto que começa a alfabetização emocional, o processo que ensina a reconhecer, compreender e expressar o que se sente de maneira saudável.

O que é alfabetização emocional?
Alfabetizar emocionalmente é identificar, compreender e expressar emoções.
É quando o aluno aprende a identificar se está com raiva, medo, tristeza, alegria ou vergonha e entende o que cada uma dessas emoções comunica.
Assim como as letras permitem ler o mundo, as emoções nomeadas permitem ler a si mesmo. Essa é a base da educação socioemocional: desenvolver a consciência e a linguagem emocional para construir relacionamentos mais equilibrados e escolhas mais coerentes.
Quando um aluno diz “estou irritado porque perdi o jogo”, ele está, na verdade, dando um passo importante rumo à autorregulação. Ele substitui a reação impulsiva pela reflexão e essa é uma conquista poderosa. Os impactos diretos no desenvolvimento do aluno:

  1. Autorregulação emocional
    Ao reconhecer o que sente, o aluno aprende a pausar antes de reagir.
    Em vez de responder com agressividade ou isolamento, ele entende o que está acontecendo e busca estratégias para lidar com o sentimento seja respirando, conversando ou pedindo ajuda.
  2. Tomada de decisão
    As emoções influenciam diretamente as escolhas.
    Um aluno que compreende suas emoções consegue decidir com mais clareza, considerando não apenas o impulso, mas também as consequências de suas ações.
  3. Desempenho acadêmico
    Estudos mostram que alunos emocionalmente alfabetizados se concentram mais, persistem nos desafios e lidam melhor com erros.
    A sala de aula deixa de ser um ambiente de cobrança e passa a ser um espaço de aprendizado emocional e cognitivo.
  4. Relações interpessoais
    Ao nomear o que sente, o aluno desenvolve empatia e compreende que o outro também sente. Isso reduz conflitos, fortalece vínculos e cria uma cultura escolar de respeito e escuta.

O papel da escola e do professor
A alfabetização emocional não acontece por acaso. Ela precisa ser intencionalmente cultivada no espaço escolar. Professores, coordenadores e gestores desempenham um papel essencial nesse processo, criando oportunidades para que os alunos expressem, reflitam e compreendam o que estão sentindo.
Programas estruturados de educação socioemocional, como o MyLife, oferecem caminhos concretos para isso.
Por meio de experiências pedagógicas, dinâmicas e reflexões, os alunos aprendem a traduzir emoções em palavras, fortalecendo competências como autoconhecimento, empatia, autocontrole e colaboração.
O resultado é uma escola mais humana, conectada e preparada para formar indivíduos completos capazes de pensar, sentir e agir de forma consciente.

Aprender a nomear o que se sente é, portanto, um ato de autoconhecimento e empoderamento.
É o primeiro passo para um aprendizado verdadeiramente integral, aquele que une razão e emoção, conhecimento e humanidade.

No MyLife, preparamos os estudantes para fazerem escolhas conscientes para construírem uma vida significativa e quando a escola oferece espaço para que os estudantes identifiquem, nomeiem e expressem suas emoções, ela forma pessoas mais conscientes, colaborativas e preparadas para transformar o mundo.